sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Directores e autarcas vão ser ouvidos sobre agregações de escolas

JN 16 de Setembro 2010
Alexandra Inácio


As 'comunidades locais' vão passar a ser ouvidas sobre o processo de fusão de agrupamentos. A garantia tem sido transmitida pela ministra da Educação  aos directores escolares. Isabel Alçada assumiu que o processo não terá decorrido como o ministério 'desejava'.

Sem falar em números ou traçar metas, a ministra da Educação terá afirmado aos directores escolares que o processo de reorganização da rede, nomeadamente de agregação dos agrupamentos, 'é para continuar e aprofundar' durante este ano lectivo. Mas o método de selecção será diferente: as escolas vão organizar-se, a nível concelhio, e 'estudar', em conjunto com o respectivo autarca, as possibilidades de fusão das secundárias com os agrupamentos do ensino básico. A 'promessa' tranquilizou muitos dos dirigentes.

Isabel Alçada está a promover reuniões com todos os directores e presidentes de comissões administrativas provisórias (CAP) sobre o lançamento do ano lectivo. Anteontem, encontrou-se com os dirigentes abrangidos pela Direcção Regional de Educação do Norte, ontem, quarta-feira, com os da região Centro; amanhã é a vez do Alentejo e do Algarve e segunda-feira de Lisboa e Vale do Tejo. Os temas abordados têm sido a aplicação das metas de aprendizagem e do novo modelo de avaliação docente, a actualização do Estatuto do Aluno e o reordenamento da rede.

'A senhora ministra foi muito clara': garantiu que o processo não voltará a ser feito, como no ano passado, 'à pressa, no final do ano lectivo e decidido de cima para baixo', afirmou ao JN Adalmiro Botelho da Fonseca, director da secundária de Oliveira do Douro, em Vila Nova de Gaia. 

O director da Secundária de Felgueiras, Pedro Araújo, garantiu ao JN ter ouvido de Isabel Alçada 'duas boas notícias': a garantia de que 'as comunidades locais' - isto é, directores e autarcas - 'vão ser ouvidas e participar nas agregações que serão decididas'; e a possibilidade de o número máximo de alunos por unidade de gestão (três mil) ser revisto e reduzido. 

A ministra terá reconhecido, igualmente 'de forma clara', que o processo que conduziu à agregação de 84 unidades de gestão não decorreu da forma 'desejada' pelo ministério. Independentemente de ter sido decidido 'com diálogo'. 

'Estou convicto de que o Governo vai ser mais cauteloso' e que 'a medida não será mais imposta de cima para baixo, apressadamente', concluiu o director da Secundária Eça de Queirós. Quanto ao encerramento de escolas de 1º Ciclo, também 'ficou claro' para os dirigentes que continuarão no próximo ano a ser negociados mais fechos  com os autarcas. 


Fonte JN.Sapo.pt (link ao artigo original)




Nota da Confap:

A Confap, ao longo deste tempo manifestou a sua preocupação quanto ao processo de reordenamento da rede escolar e ainda recentemente, antes das declarações da Senhora Ministra, no programa Sociedade Civil da passada segunda-feira (ver aqui).
 
Os destaques do artigo a negrito são nossos.

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