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A "crónica" falta de funcionários nas escolas agravou-se este ano, com queixas dos pais em todo o país. Uma situação “perto de ser caótica”, para a qual associações de pais e os sindicatos do sector reclamam resolução urgente.
A Federação Nacional da Educação (FNE) referiu que os professores estão a fazer funções de auxiliares, ou assistentes operacionais, tornando-se particularmente complicada a situação das crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) que, em alguns casos, precisam de cuidados quase permanentes.
“É um problema crónico, agravado este ano”, disse à Lusa o secretário geral da Federação Nacional dos Professores (FENPROF), Mário Nogueira, lamentando que seja generalizado no país, o que é sublinhado também pela dirigente da FNE Lucinda Manuela.
Segundo estas fontes contactadas pela Lusa, o rácio de um funcionário para duas turmas ou 48 alunos não está a ser cumprido em muitas escolas e mesmo este era já considerado insuficiente por pais e professores, tendo em conta as necessidades de assegurar o apoio e vigilância adequados.
“Preocupam-nos muito os alunos com NEE e deficiências profundas que precisam praticamente de um funcionário só para eles”, referiu Lucinda Manuela. À FNE, que representa também os trabalhadores não docentes, chegam “queixas de funcionários a dizerem que estão sozinhos”.
in Diário Digital | 24-09-10
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